Passando pelas ruas eu vejo:crime, orgulho e preconceito.
Mas de boca fechada eu ei de ficar,
se não o gatilho da arma irão puxar.
Sei que sozinha não consigo.
Afinal, para a polícia eu sequer existo.
Mas para o governo eu sei que sou importante,
todos os meses me mandam cartas com tributos de valores extravagantes.
É difícil conter,
pensar,
falar,
viver.
Dinheiro no bolso, olho vivo.
Lagrimas de crocodilo.
Cuecas recheadas de cédulas verdinhas
que não nasceram de sementinhas,
saíram de cofres trancados
que ninguém tem acesso, a não ser os deputados.
Que de tanto se sujar
já viraram porcos no palco parlamentar.
O que podemos fazer?
Cale-se, será melhor pra você."
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