Você já deve ter ouvido/lido este nome: Lana Del Rey. Você já deve ter pesquisado sobre ela, aprofundado o seu conhecimento sobre suas músicas. Ou, assim como eu, deve ter conhecido ela por opiniões alheias, e ter tido um pré conceito sobre.
Eu a conheci no ano passado, quando a timeline inteira do meu Twitter falava sobre ela. Eu achava que era mais uma cantora pop, com batidas insuportáveis e um auto-tune que chega a dar dor nos ouvidos. Resolvi ver um videoclipe dela, na época o mais falado era o “Born to Die”. Eu abri o vídeo, e não aguentei mais do que 10 ou 20 segundos, não lembro. Fechei a aba do vídeo e achei totalmente in-su-por-tá-vel. E por semanas e semanas, eu julgava ela. E julgava os meus amigos, que tentavam me convencer de que Lana Del Rey era legal. Até Carrossel era melhor. Chegou um dia, onde eu resolvi, finalmente, baixar o álbum dela, o “Born to Die”. Me surpreendi. Eu ouvi música por música, e deixei o álbum repetir três vezes no meu player, sem nem perceber. Eu comecei a apreciar música por música, e procurei a tradução de cada uma delas, e me apaixonei (de verdade) pela Lana. E de lá pra cá…
Elizabeth Woolridge Grant, mais conhecida como Lana Del Rey, tem um estilo totalmente diferente dessas cantoras atuais. É uma coisa que nenhuma outra cantora fez, é coisa de louco (mesmo). Os instrumentais fazem você se perder em outra dimensão, é uma coisa totalmente difícil de transformar em palavras. Todas suas músicas relatam a vida de uma mulher da década de 60, 70 e 80, onde ela perdeu o seu James Dean e continuou vagando por aí, procurando o seu Elvis, o seu amor verdadeiro. E suas músicas encantam, de verdade. Quem acha que não, é louco. Cada verso, cada palavra e cada estrofe, conseguem fazer você sentir o que ela sentiu enquanto cantava. E esse é o legal de uma artista verdadeira: transformar sentimentos em uma música que se torna significante pra ela e pra quem ouve. Ela realmente nasceu com o dom de transformar canções em lindas poesias.
Indie e blues. É assim que eu defino o gênero cantado por Lana. São poucas as cantoras que conseguem jogar a alma inteira em um som. Percebe-se que as músicas cantadas por ela não são forçadas, e sim, cantadas com o coração, seja botando pra fora o amor, ou até mesmo o ódio. Sabe quando você se pergunta “essa pessoa fuxicou a minha vida pra escrever essas músicas ou tá adivinhando o que eu sinto ultimamente?”, porque não é possível. 100% de suas músicas conseguem descrever a minha vida e os problemas amorosos (como sempre) que já passei e ainda passo. Sua voz é coisa de outro mundo, é coisa que você ouve, e ouve de novo, e de novo, e de novo. Confesso que o primeiro vídeo que eu vi dela, foi “Blue Jeans” no SNL, e eu simplesmente odiei. Desafinou, cantou com frieza, não demonstrou nada no palco. E critiquei, meti o pau, e muito. E dei um tabefe na minha boca quando vi outros lives dela. Afinal, nervoso todo mundo fica em cima de um palco, não é mesmo?
Assim como várias cantoras, Lana não veio ao mundo da fama tão fácil. Lutou, sofreu, tomou muito tapa da vida na cara, recebeu muito ‘não’, mas mesmo assim, não desistiu. E hoje é uma das cantoras mais marcantes do século. Largou a vida pra viver outra: a de uma cantora famosa. E finalmente… fez acontecer. Mas o que seria de um artista sem os fãs? Não seria nada, porque ninguém ganha prêmios cantando sozinho, pro nada, sem inspiração alguma (não tô falando de inspiração famosa). Os fãs são a base de tudo. E cantor(a) insuportávei, pra mim, é aquele(a) que trata os fãs com frieza. Que é forçado ao receber e dar um abraço. E a Lana Del Rey ganhou o meu coração por este outro motivo: ela trata os fãs com o maior carinho. E é isso que torna ela, uma artista maior. Assim como Lady Gaga, que dá o seu sangue pelos fãs. Eu acho a coisa mais “<3″ do mundo quando existem cantoras assim, que apesar de serem ricas, famosas, viverem no luxo, não deixam a humildade de lado e lembram que um dia, elas tiveram uma vida difícil.
Lana costuma se inspirar em muitas pessoas para criar a sua própria música. Lolita, amores antigos, a vida que teve, seus problemas, e seus ídolos. Um deles é nada mais e nada menos que Axl Rose! Sim, ele mesmo! Músicas como “Gramma”, “Lolita”, “Bel Air” e tantas outras, foram to-tal-men-te inspiradas no Axl. Inclusive, ela já foi flagrada com ele em uma noitinha aí. TÁ que o Axl tá igual a um velho botequeiro da pança de cervejinha, mas tem coisa mais linda do que ver um de seus artistas prediletos encontrando o seu grande ídolo?

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